Parte I

SNS: Património de todos – questões críticas 

O SNS é património de todos

Não pertence à “máquina” do Estado, nem tão pouco a qualquer governo. Dizer que o SNS é nosso traduz o direito de questionar as suas insuficiências, mas também a responsabilidade de contribuir para que funcione o melhor possível.

Só fazendo o SNS efetivamente nosso poderemos assegurar a sua sobrevivência, desenvolvimento e modernização

Este é o sentido deste I Congresso promovido pela Fundação para a Saúde – Serviço Nacional de Saúde.

Como fazemos o SNS efetivamente nosso?

Procurar que os portugueses, ao saberem o que é o SNS, de que forma ele pode melhorar e que alternativas (não) há ao SNS, se sintam motivados para adquirirem as capacidades necessárias e adotarem comportamentos favoráveis ao seu desenvolvimento.

O SNS é um dos maiores sucessos da democracia portuguesa

Sabê-lo é importante para as pessoas que o financiam e dele necessitam e também para aqueles que aí exercem as suas profissões. A organização e desempenho do SNS – apesar das suas limitações – compara-se favoravelmente com aquilo que oferecem países europeus economicamente mais desenvolvidos.  

O SNS está em risco  

A falta de crescimento económico, o aumento da dívida pública, e as exigências do novo tratado europeu (“compacto fiscal”), a persistirem as tendências atuais, põem em causa o futuro do SNS.

Existem duas frentes para o empenhamento dos portugueses no seu SNS

Uma frente interna, onde se pode fazer muito melhor do que até agora e uma frente Europeia onde se configuram sérios condicionamentos à existência do SNS.

O país tem vontades, inteligência e capacidades para fazer ainda muito melhor no domínio da saúde

Este é o momento para explorar estas potencialidades – para a classe política, quadros técnicos e gestores do SNS, profissões da saúde, cidadãos, setores social e privado e outros agentes económicos.

Os desafios externos que o SNS enfrenta requerem uma atenção urgente

Atenção que nunca lhes foi verdadeiramente prestada.